O movimento conhecido por “Outubro Rosa” (Pink October) nasceu nos Estados Unidos da América, na década de 90 do século passado, com o intuito de inspirar a mudança e mobilizar a sociedade para a luta contra o cancro da mama. Desde então, por todo o mundo, a cor rosa é utilizada para homenagear as mulheres com cancro da mama, sensibilizar para a prevenção e diagnóstico precoce e apoiar a investigação nesta área.
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), em representação da EUROPA DONNA (Coligação Europeia Contra o Cancro da Mama) e através do Movimento “Vencer e Viver”, promove a iniciativa “Outubro Rosa” com a finalidade de consciencializar para a prevenção e diagnóstico precoce do cancro da mama, nomeadamente através do Rastreio, e divulgar informação e formas de apoio à mulher e família.
O Cancro da mama
O cancro da mama é um relevante problema de saúde pública. Segundo os dados estatísticos mais recentes (Globocan, 2021), o cancro da mama é o mais frequente (prevalente) em Portugal e em todo mundo.
Em 2020, no nosso país, estima-se que 7000 mulheres tenham sido diagnosticadas com cancro da mama e 1800 tenham morrido com esta doença. Apesar de ser o tipo de cancro mais incidente na mulher (com maior número de casos), cerca de 1 em cada 100 cancros da mama desenvolvem-se no homem.
Não são conhecidas as causas exatas do cancro da mama. No entanto, foram identificados alguns fatores de risco que importa conhecer:
- O maior fator de risco para o cancro da mama é a idade (80% de todos os tipos de cancro da mama ocorre em mulheres com mais de 50 anos);
- Uma mulher que já tenha tido cancro numa das mamas tem maior risco de ter esta doença na outra;
- As alterações em determinados genes, transmitidas pelos pais, estão na origem de cerca de 5% a 10% dos casos de cancro da mama;
- O excesso de peso aumenta o risco de desenvolvimento de cancro da mama;
- O consumo de tabaco ou o consumo excessivo de álcool estão associados ao desenvolvimento de vários cancros, incluindo o da mama;
- A primeira menstruação em idade precoce (antes dos 12 anos) e uma menopausa tardia (após os 55 anos) são fatores de risco para o cancro da mama.
Se diagnosticado e tratado precocemente, o cancro da mama tem uma taxa de cura superior a 90%. A prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais para o aumento da sobrevivência e manutenção da qualidade de vida da mulher.
Não descure o diagnóstico, nunca!
O diagnóstico precoce aumenta a probabilidade de o tratamento ser iniciado atempadamente, aumentando as chances de ser eficaz. Segundo a Liga Portuguesa Contra o Cancro, são detetados em Portugal, anualmente, cerca de 4500 novos casos de cancro da mama. O seu diagnóstico assenta em três pilares:
1. Autoexame da mama
A partir dos 20 anos, todas as mulheres devem realizar o autoexame da mama mensalmente - depois da menstruação. E não se esqueça: deve aconselhar-se com o médico assistente se sentir alguma destas alterações:
- Nódulo ou endurecimento na mama ou na axila
- Modificação no tamanho ou formato da mama
- Alteração da coloração ou sensibilidade da pele da mama ou da auréola
- Retração da pele da mama/mamilo
- Corrimento mamilar
2. Exame clínico da mama
A partir dos 20/30 anos, todas as mulheres devem fazer a avaliação clínica da mama. Neste exame, o médico faz a palpação da mama e verifica se existem diferenças entre as mamas e se existe, entre outros sinais, vermelhidão, depressões cutâneas ou secreção ou perda de líquido quando os mamilos são pressionados.
3. Mamografia
A mamografia vai permitir visualizar se existem nódulos na mama, ainda antes de estes poderem ser palpados ou sentidos pela mulher durante o autoexame. Também possibilita verificar se existem microcalcificações.
FONTE:
https://www.cuf.pt/mais-saude/cancro-da-mama-o-combate-comeca-na-prevencao-e-diagnostico
https://www.ligacontracancro.pt/outubrorosa/